O treinamento de um break boy ou break girl segue um programa sistematizado que visa a melhora do rendimento. Um bom programa de treinamento se desenvolvido com comprometimento, responsabilidade e competência profissional, influencia significativamente nos resultados . Laffranchi (2001, p. 3) confirma isso quando cita que as performances:
Nada mais são do que um produto real de um treinamento planejado conscientemente em seus mais variados detalhes. Produto de uma organização e aplicação de um trabalho multilateral que visa o desenvolvimento harmonioso de todo o corpo do b.boy ou b.girl(*grifo meu), assim como a adaptação de seu organismo às exigências específicas da modalidade.
No Break Dance não é diferente, e além do mais é uma modalidade que possui muitas particularidades, o que de certa forma, inviabiliza a utilização das teorias do treinamento desportivo que são aplicadas para a maioria das modalidades, e que não contemplam as especificidades do b.boy. E é justamente por falta de referencial teórico que muitas vezes uma equipe escolhe um programa de treino baseando-se e reproduzindo experiências exclusivamente empíricas e modelos já existentes. Essa é uma realidade que não deveria acontecer, já que “este processo (treinamento) deve ser conduzido com base em princípios científicos para garantir modificações orgânicas que influenciarão significamente na capacidade de rendimento do b.boy*” (LAFFRANCHI, 2001, p.11).
Os modelos de organização de treinamento nos quais às se baseiam geralmente vem de outros países, normalmente da Korea,França e USA que já têm uma maior tradição na área do Break Dançe. O que acontece quando esses métodos são trazidos ao Brasil, é que as realidades de trabalho, bem como o próprio biotipo dos b.boys, hábitos e a cultura em geral são muito diferentes e, conseqüentemente as adaptações acabam tendo que acontecer. Assim, até que as devidas adequações ocorram, é despendido muito tempo com tentativas e experimentações em busca do que parece surtir resultados positivos.
Na atualidade o b.boy teve um grande desenvolvimento em se tratando de resultados internacionais, conquistou uma vaga no cenário mundial(principalmente com o Tsunami all stars). Pensamos que este avanço reflete uma melhor estruturação no treinamento da modalidade e que, no decorrer dos anos, sendo constantemente revista e modificada, aos poucos, foram encontrados melhores caminhos para trabalhá-la.
Atualmente, o nível técnico apresentado pelos b.boys em competições nacionais é perceptivelmente superior ao de tempos atrás. As equipes brasileiras têm criado uma cultura própria de treinamento, no sentido de realizar um trabalho de base mais adequado aos novos desafios que vão surgindo na modalidade, tendo em vista que a mesma está em constante mudança e com exigências cada vez maiores.
Enfim, a disciplina de treino tem que ser instaurada em todas as equipes, se a intenção é uma melhora na performance da equipe ou grupo, entretando, Break Dance não é um esporte é uma cultura e devemos usufruir dessa cultura e que a mesma traga prazer, alegria e união a cultura hip hop, na semana seguinte trarei um novo tópico que muitos b.boys tem grande dúvida... a flexibilidade e alongamento no Break Dance.